quarta-feira, 1 de julho de 2009

A minha baioneta não é para ti

Para quem não sabe, baioneta é uma arma perfurante que se adapta à espingarda. Por esse motivo, e numa fase em que a guerra não era feita por telecomandos, designava-se a força militar por baionetas, já que, eram os soldados de infantaria que, de arma em riste, galgavam o campo de batalha e só paravam depois de penetrar, esventrar mesmo, os seus homólogos.
Mas qual o motivo para recorrer a lições de estratégia militar? Estarei eu tentado a convidar os meus leitores para jogar Risco? A esta hora da manhã?? Só se fosse Ontário! (cá está, o trocadilho com o nome da região, que qualquer jogador de Risco que se preze faz, cada vez que ataca ou ocupa este território da América do Norte); Estive por ventura a dar um risco e no pico da euforia considero-me um general genial? Não, que aqui o je não se estupidifica com estupefacientes! Então? A que propósito se deve este assunto?
A resposta é simples. Estava eu a folhear o matutino Ionline e deparei-me com uma notícia que será a próxima dor de cabeça de Obama: acabar com a política que vigora há 16 anos, segundo a qual homens e mulheres homossexuais podem integrar as forças armadas apenas se mantiverem a sua orientação sexual secreta. Isto é, no fundo o problemas dos soldadinhos de chumbo - para além da exposição daqueles pobres cérebros a grandes quantidades de chumbo - é saber ou não se há homossexuais no exército. Haver há, mas eles preferem não saber. Sempre se mantém a moral em pé.
Assim de repente, consigo lembrar-me de 2 motivos para contrariar aqueles que não querem os homossexuais no exército: homofóbicos de todo o mundo, se me estais a ler, pensai nisto, haverá melhor maneira de acabar com os tipos, que enviá-los para a frente de combate? A outra é, numa perspectiva mais prática, dá sempre jeito ter um suporte para pendurar a toalha quando estiverem no balneário. E não, não estou a falar da baioneta, apesar de também estar em riste...

1 comentário:

Hugo Guerra disse...

Esta história faz-me lembrar o filme 'American Beauty', do Sam Mendes, no qual um duro e implacável militar se desmancha ao revelar a sua homosexualidade.

Ainda ontem me contaram um caso de suicidio de um militar porque este tinha ficado a saber que tinha SIDA. Uma hipótese que se levantou, entre mim e a pessoa com quem estava a falar, era de que este militar poderia ser homosexual..

Todos sabemos que o ódio de estimação dos machistas são os homosexuais. Não é dificil perceber que estes últimos entrem em negação quando à sua volta veêm um clima de julgamento gigante. Se entendi, Obama quer tentar mudar isto. Porque não? As grandes caminhadas começam por pequenos passos...