Muito se tem dito e ouvido sobre este sujeito ao longo da sua vida. A maior parte das vezes pelo próprio, quando fala com os seus botões, mesmo que, acompanhado.
Em 1980 nasce em Cova da Piedade/Almada. Esta imprecisão geográfica terá sido marcante, já que este sujeito tem andado constantemente à nora. Apesar disso, não lhe é conhecido nenhum filho.
Teve uma infância aos altos e baixos, pois era muito dado a quedas.
Bastante perspicaz, cedo se apercebeu que Deus todo-o-poderoso, nada tinha a ver com essa seita intitulada de clero. Decorria o ano de 1982, mais precisamente o dia 14 de Maio de 1982. Naquele dia, ao mesmo tempo que alegadamente perdera a sua chucha - à qual carinhosamente chamava biba -, Portugal recebe o papa João Paulo II. É com grande esgar que assiste pela televisão, àquele que ficou conhecido como o maior conto do vigário de todos os tempos: o papa veio a Portugal para lhe tirar a biba, e tinha o povo do seu lado! "Biba ó papa, biba ó papa", gritavam.
Em 1985, apodera-se deste sujeito, um tenebroso medo pelo escuro. Apesar disso, não é de todo racista.
Teve uma infância feliz e inclusive ainda hoje é considerado o melhor aluno da escola. Aparentemente, a sua professora agarrava-o constantemente pelo lóbulo da orelha como que a dizer: "este sujeito é d'aqui! é mesmo bestial"!
Por razões de logística nunca viveu a fase do armário, mas sim a fase da mesinha-de-cabeceira.
Por volta de 1994 interessa-se à séria por futebol. Esta aproximação ao desporto-rei leva, contudo, a um afastamento faseado relativamente à poesia, devido ao lirismo pouco vernáculo de Gabriel Alves. Seria somente com Artur Jorge, com um discurso mais Haikaísta, que este sujeito se sentiria preparado para compreender futebol.
Em 1996, teve uma das maiores desilusões da sua vida. Enquanto assistia in loco à gravação de um documentário - do National Geographic - que envolvia um tal de papa-léguas e um coiote, é vitima de um acidente com um dos adereços, ACME, que rebenta na sua cara. Anos mais tarde veio a descobrir que era um adereço contrafeito, de marca acne.
Ainda na adolescência, é vitima de um assalto. Minutos depois terá dito "já o meu avô dizia: mais vale um sujeito, masculino, ser assaltado, do que ter que andar de saltos altos". Ainda hoje quando se lembra deste episódio, lamenta que o conde Castelo Branco não tenha tido um avô que o orientasse.
Já em idade adulta, chumba na inspecção militar, alegadamente por excesso de habilitações. O sargento-mor terá dito ao cabo "não queremos cá espertalhões desses. manda-o bugiar!".
Constantemente à nora, tem dificuldade em distinguir a esquerda da direita, e por isso afasta-se da política. Essa decisão terá agradado a seus pais, que ambicionavam mais para este sujeito que uma vida circense. Ainda assim, tenta uma rentrée politica e funda o PAM (Partido Ao Meio).
Em 1999, inicia a vida académica universitária num curso de 4 anos. Aprendeu muito ao longo desses 6 anos, mas alegadamente, já terá esquecido quase tudo. Na memória perdura a experiência Erasmus, uma bactéria que a dada altura assolou a cozinha da FSCH, o prazer de ter sido discípulo desse grande guru que é Rui Zink e pouco mais.
A título de curiosidade, este sujeito não leva a mal quando o acusam de ter telhados de vidro e refuta os invejosos: a clarabóia do vizinho, é sempre mais reluzente.
A sua personagem histórica favorita é Leonardo Da Vinci, apesar de o considerar um sovina. Com a taxa de inflação dos dias de hoje, continuar a Dar Vinte é manifestamente pouco.
Nos últimos dias tem vivido atormentado por expressões do tipo Ai, caramba!; Eh, carapau! ou mesmo Oh diacho!, terem caído em desuso.
Recentemente, recusou o convite para ser o 1º português no espaço, por ter medo das alturas.
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1 comentário:
Bem, Nuno eu estou a trabalhar (pelo menos devia estar) e acabei de ler este capítulo, está demais!
Valeu pelas gargalhadas.
Freddy Marbles
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